Em uma aula de Língua Portuguesa começamos a ver os elementos do texto narrativo. Estudamos esse gênero e lemos alguns textos. Um dia, Guilherme me disse que escreveu uma história e perguntou se eu queria ler. "Claro que sim", respondi imediatamente e bastante curiosa. Entreguei a ele meu pendrive para salvar a história, e tive uma grata surpresa ao ver que alguns dos personagens fazem parte da mitologia grega. Além disso, ele escreve muito bem. E não poderia ser diferente porque é um leitor ávido.
Resolvemos transformar a história em um livro e fizemos o lançamento no sarau "Novos Poetas". Após a leitura de um trecho da história, avisei aos alunos que quem tivesse interesse em ler todo o texto poderia pegar o livro, rapidamente todos sumiram da mesa. Pude ver alguns lendo a história ali mesmo. Esse tipo de alegria não tem preço para um professor!
Resolvemos transformar a história em um livro e fizemos o lançamento no sarau "Novos Poetas". Após a leitura de um trecho da história, avisei aos alunos que quem tivesse interesse em ler todo o texto poderia pegar o livro, rapidamente todos sumiram da mesa. Pude ver alguns lendo a história ali mesmo. Esse tipo de alegria não tem preço para um professor!
Espero que vocês gostem assim como eu gostei!
Divirtam-se e espelhem-se no exemplo dele:
LER E ESCREVER É UMA VIAGEM PELO MUNDO MÁGICO DA IMAGINAÇÃO!!!
Nossa mesa com o livro Utopeia, poemas escritos pelos alunos e medalhas |
Divulgação do Lançamento |
Guilherme Laureano e sua criação |
Uma Breve
Biografia:
Guilherme
Laureano tem 12 anos de idade, é filho de Janaína Moreira Laureano e Erick
Araújo de Albuquerque e está cursando o 7º ano do Ensino Fundamental. As
matérias que ele mais gosta são
Português e História.
Para
ele, a escola representa um lugar onde aprende sobre as coisas e mantém a
amizade dos colegas.
As
coisas que Guilherme mais valoriza na vida são a família, a vida e os estudos.
No
futuro, ele pretende se formar em Engenharia Naval.
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UTOPEIA
Numa enorme
floresta existia uma cidade chamada Utopeia. Ela tinha uma ótima economia
agrícola e militar. Era uma cidade bem protegida devido ao exército de homens e
alguns minotauros, esses eram usados para proteger os monges e a cidade, mas a
maioria protegia os monges devido à perseguição de outras cidades, pois nossos
monges eram os únicos que conseguiam falar com os mensageiros dos deuses e, o
Monge - Mestre tinha livre acesso ao monte Olimpo, por isso era o mais caçado.
Então o rei teve a ideia de invocar minotauros
e outros tipos de monstros, mas os minotauros eram mais usados, os outros só
eram invocados nas guerras. Nosso rei se chamava Augusto, o pai dele tinha
fundado a cidade com a ajuda de Poseidon, dizem que a cidade nasceu de uma
rocha marinha e Nicolau a achou quando de repente uma marreta e uma talhadeira
caíram do céu. Nicolau pegou as duas ferramentas e começou a esculpir a pedra
vários dias sem parar, até que acabou e quando ele viu a sua obra muito a
admirou.
Ele tinha
esculpido um castelo enorme com figuras de Zeus e Poseidon, mas de repente um
raio caiu na pedra a fazendo brilhar, Nicolau se afastou muito da pedra e uma
gigantesca onda brilhante a atingiu. Um clarão muito forte brilhou, Nicolau
fechou os olhos e quando os abriu percebeu que o castelo que ele esculpiu tinha
ficado em tamanho real. Nesse momento, surgiu uma pessoa de asas com duas
serpentes entrelaçadas nos braços, era Hermes. Nicolau se ajoelhou diante dele
e começou a clamá-lo, então Hermes disse:
-
Está feito. Você foi leal aos deuses
e eles o recompensaram. Desfrute de sua obra!
Então ele
desapareceu.
E essa é a
história da fundação de Utopeia. Esta era uma ótima cidade para se morar, mas
uma coisa péssima em viver em Utopeia eram as guerras, que eram muitas devido
ao Monge- Mestre, pois todos os reis o queriam para dar forças em suas cidades
militar e magicamente.
Certo dia,
Utopeia estava muito animada, pois iria fazer quatro anos que a cidade não era
atacada, todos riam e se divertiam. Quatro dias depois, Utopeia estava nublada,
o mar estava de ressaca, ventava muito e haviam muitas trovoadas, parecia que
os dois grandes deuses estavam furiosos com Utopeia.
No dia
seguinte, às quatro horas da manhã, todos adormeceram, até mesmos os
minotauros, só tinham uns vinte guardas nas torres e nas muralhas vigiando a
entrada da cidade quando de repente o sino de Utopeia tocou. Todos acordaram,
os guardas olharam para a floresta e nada viram, olharam para a entrada e nada,
mas quando olharam para o mar estava lá uma
esquadra de
cinquenta navios persas, então todos os soldados vestiram suas armaduras e
pegaram suas armas.
Os monges
estavam invocando os minotauros o mais rápido possível, todos os soldados,
arqueiros e minotauros foram para a praia esperar os navios persas. Quando o
primeiro navio atracou, flechas foram lançadas contra eles, por um momento
todos pensaram que os persas naquele navio haviam morrido, mas depois todos os
persas saíram gritando segurando suas espadas e lanças e então começaram a
lutar.
O segundo,
terceiro e quarto navio atracaram, tinham muitos persas na praia, somente dez
minotauros foram enviados para ajudar no combate e o resto ficou dentro da
cidade com alguns soldados para proteger os monges. Utopeia tinha mais ou menos
dois mil e quinhentos soldados e novecentos e noventa e dois minotauros. Quando
Augusto ficou sabendo do ataque ele pegou sua armadura e rezou, mas antes de ir
falou para o seu filho que se ele não sobrevivesse, o filho seria o rei.
Augusto deixou um minotauro e cinco guardas
protegendo seu filho e foi para batalha. Quando ele chegou no portão da cidade
para a praia, viu uma grande batalha e se aterrorizou com o jeito que os persas
lutavam. Ele estava para presenciar um soldado dele ser morto, quando
interferiu na luta dos dois e enfiou sua espada no coração do persa.
Com a passagem de um tempo a guerra estava
boa, o rei tinha mandado quatrocentos soldados e cento e vinte minotauros para
o campo de batalha. Parecia que só tinham morrido uns cem soldados e oito
minotauros. Os navios persas não paravam de atracar. Parecia ter apenas uns
trezentos soldados, mas o que o exército de Utopeia não esperava aconteceu,
mais um navio atracou e apareceu um Ciclope muito forte, cinco soldados de
Utopeia foram para cima da criatura que reagiu com socos e um grito assustador.
Augusto se
aproximou, o Ciclope olhou furioso para ele, e os dois começaram a lutar.
Augusto era ótimo guerreiro e se esquivava de cada golpe, mas num piscar de
olhos ele tomou um chute do Ciclope e voou três metros para longe dele. A
criatura chegou perto de Augusto para massacrá-lo com seu enorme pé, mas de
repente um minotauro segurou o pé do Ciclope, o jogou no chão e começou a
atacar com socos, então o minotauro pegou seu machado e cortou a cabeça do
Ciclope. O minotauro ajudou Augusto a se levantar e foi lutar.
Dentro da
cidade, no grande monte, os monges rezavam aos deuses e meditavam, o Monge -
Mestre estava fazendo a conexão para entrar no monte Olimpo e falar com os dois
grandes, quando ele conseguiu ver uma luz forte que os outros monges não
conseguiram enxergar. Ele subiu para o monte Olimpo direto no trono de Zeus.
Diante de Zeus ele suplicava por uma boa guerra. Ao lado de Zeus estava
Poseidon, então ele suplicou a Poseidon que mandasse uma tempestade que
impedisse que mais navios persas atracassem na praia. Depois disso ele voltou
ao mundo mortal.
O máximo que
Zeus fez foi mandar dois de seus guerreiros reais, mas Poseidon atendeu ao seu
pedido impedindo que o resto dos navios persas atracasse na praia. Ele enviou
tempestades e tubarões brancos que fizeram com que todos os navios persas no
mar naufragassem com seus soldados dentro, e então os tubarões devoraram os
persas que estavam no mar.
O Monge -
Mestre tinha mandado os dois soldados reais de Zeus para a guerra, era
impressionante como aqueles soldados reais eram rápidos como um raio para
lutar, mas isso é óbvio porque eram soldados de Zeus, o deus do trovão e do
raio. Enquanto na guerra alguns dos soldados lutavam, na cidade outros soldados
e minotauros protegiam o monte dos monges e o castelo da cidade.
Dentro do
castelo o filho de Augusto rezava aos grandes deuses para que ajudassem seu pai
e Utopeia na batalha. Até que ele foi à sacada de seu quarto e viu muitas
pessoas com os uniformes persas e poucas com as armaduras de Utopeia, parecia
que só tinham sobrado uns cento e cinquenta guardas e sessenta minotauros. Mas,
de repente, o príncipe viu dois raios na guerra rapidamente matando soldados
persas e correndo rapidamente no campo de batalha, ele os viu e logo soube que
eram os soldados reais de Zeus e ficou feliz, pois esses soldados eram rápidos
e fortes guerreiros, os melhores dos deuses.
Em seguida, ele viu o uniforme de Utopeia
dominando a praia e gritando de felicidade pela vitória. Então os guerreiros e
minotauros que restaram estavam entrando pelos portões e suas mulheres o esperavam.
Pena que nem todas as mulheres que esperavam por seus maridos os receberam de
volta.
O filho de
Augusto esperava pelo pai no portão quando o avistou, foi correndo em sua
direção e o abraçou fortemente. Os dois soldados reais sumiram num raio que
caiu na praia. No dia seguinte, os soldados de Utopeia estavam recolhendo os
corpos dos guerreiros persas e jogando-os no mar para que os tubarões os
devorassem. Eles recolhiam suas armas e escudos, mas ainda era dia de tristeza,
pois seriam os enterros dos soldados de Utopeia mortos em batalha. As viúvas
choravam muito e seus filhos também.
Apesar das
perdas, chegaram os dias de festa para o povo e para o rei pela vitória da
cidade. Todos os soldados receberam folga e o rei colocou só os minotauros para
protegerem os portões.