quinta-feira, 10 de outubro de 2013

LANÇAMENTO DE UTOPEIA - POR GUILHERME LAUREANO/ 701

         Em uma aula de Língua Portuguesa começamos a ver os elementos do texto narrativo. Estudamos esse gênero e lemos alguns textos. Um dia, Guilherme me disse que escreveu uma história e perguntou se eu queria ler. "Claro que sim", respondi imediatamente e bastante curiosa. Entreguei a ele meu pendrive para salvar a história, e tive uma grata surpresa ao ver que alguns dos personagens fazem parte da mitologia grega. Além disso, ele escreve muito bem. E não poderia ser diferente porque é um leitor ávido. 
         Resolvemos transformar a história em um livro e fizemos o lançamento no sarau "Novos Poetas". Após a leitura de um trecho da história, avisei aos alunos que quem tivesse interesse em ler todo o texto poderia pegar o livro, rapidamente todos sumiram da mesa. Pude ver alguns lendo a história ali mesmo. Esse tipo de alegria não tem preço para um professor!

Espero que vocês gostem assim como eu gostei!

Divirtam-se e espelhem-se no exemplo dele:

LER E ESCREVER É UMA VIAGEM PELO MUNDO MÁGICO DA IMAGINAÇÃO!!!

Nossa mesa com o livro Utopeia, poemas escritos pelos alunos e medalhas 

Divulgação do Lançamento

Guilherme Laureano e sua criação

                      
Uma Breve Biografia:

Guilherme Laureano tem 12 anos de idade, é filho de Janaína Moreira Laureano e Erick Araújo de Albuquerque e está cursando o 7º ano do Ensino Fundamental. As matérias que ele mais gosta são  Português e História.  
Para ele, a escola representa um lugar onde aprende sobre as coisas e mantém a amizade dos colegas.
As coisas que Guilherme mais valoriza na vida são a família, a vida e os estudos.
No futuro, ele pretende se formar em Engenharia Naval.

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 UTOPEIA


Numa enorme floresta existia uma cidade chamada Utopeia. Ela tinha uma ótima economia agrícola e militar. Era uma cidade bem protegida devido ao exército de homens e alguns minotauros, esses eram usados para proteger os monges e a cidade, mas a maioria protegia os monges devido à perseguição de outras cidades, pois nossos monges eram os únicos que conseguiam falar com os mensageiros dos deuses e, o Monge - Mestre tinha livre acesso ao monte Olimpo, por isso era o mais caçado.
 Então o rei teve a ideia de invocar minotauros e outros tipos de monstros, mas os minotauros eram mais usados, os outros só eram invocados nas guerras. Nosso rei se chamava Augusto, o pai dele tinha fundado a cidade com a ajuda de Poseidon, dizem que a cidade nasceu de uma rocha marinha e Nicolau a achou quando de repente uma marreta e uma talhadeira caíram do céu. Nicolau pegou as duas ferramentas e começou a esculpir a pedra vários dias sem parar, até que acabou e quando ele viu a sua obra muito a admirou.
Ele tinha esculpido um castelo enorme com figuras de Zeus e Poseidon, mas de repente um raio caiu na pedra a fazendo brilhar, Nicolau se afastou muito da pedra e uma gigantesca onda brilhante a atingiu. Um clarão muito forte brilhou, Nicolau fechou os olhos e quando os abriu percebeu que o castelo que ele esculpiu tinha ficado em tamanho real. Nesse momento, surgiu uma pessoa de asas com duas serpentes entrelaçadas nos braços, era Hermes. Nicolau se ajoelhou diante dele e começou a clamá-lo, então Hermes disse:
-          Está feito. Você foi leal aos deuses e eles o recompensaram. Desfrute de sua obra!
Então ele desapareceu.
E essa é a história da fundação de Utopeia. Esta era uma ótima cidade para se morar, mas uma coisa péssima em viver em Utopeia eram as guerras, que eram muitas devido ao Monge- Mestre, pois todos os reis o queriam para dar forças em suas cidades militar e magicamente.
Certo dia, Utopeia estava muito animada, pois iria fazer quatro anos que a cidade não era atacada, todos riam e se divertiam. Quatro dias depois, Utopeia estava nublada, o mar estava de ressaca, ventava muito e haviam muitas trovoadas, parecia que os dois grandes deuses estavam furiosos com Utopeia.
No dia seguinte, às quatro horas da manhã, todos adormeceram, até mesmos os minotauros, só tinham uns vinte guardas nas torres e nas muralhas vigiando a entrada da cidade quando de repente o sino de Utopeia tocou. Todos acordaram, os guardas olharam para a floresta e nada viram, olharam para a entrada e nada, mas quando olharam para o mar estava lá uma
esquadra de cinquenta navios persas, então todos os soldados vestiram suas armaduras e pegaram suas armas.
Os monges estavam invocando os minotauros o mais rápido possível, todos os soldados, arqueiros e minotauros foram para a praia esperar os navios persas. Quando o primeiro navio atracou, flechas foram lançadas contra eles, por um momento todos pensaram que os persas naquele navio haviam morrido, mas depois todos os persas saíram gritando segurando suas espadas e lanças e então começaram a lutar.
O segundo, terceiro e quarto navio atracaram, tinham muitos persas na praia, somente dez minotauros foram enviados para ajudar no combate e o resto ficou dentro da cidade com alguns soldados para proteger os monges. Utopeia tinha mais ou menos dois mil e quinhentos soldados e novecentos e noventa e dois minotauros. Quando Augusto ficou sabendo do ataque ele pegou sua armadura e rezou, mas antes de ir falou para o seu filho que se ele não sobrevivesse, o filho seria o rei.
 Augusto deixou um minotauro e cinco guardas protegendo seu filho e foi para batalha. Quando ele chegou no portão da cidade para a praia, viu uma grande batalha e se aterrorizou com o jeito que os persas lutavam. Ele estava para presenciar um soldado dele ser morto, quando interferiu na luta dos dois e enfiou sua espada no coração do persa.
 Com a passagem de um tempo a guerra estava boa, o rei tinha mandado quatrocentos soldados e cento e vinte minotauros para o campo de batalha. Parecia que só tinham morrido uns cem soldados e oito minotauros. Os navios persas não paravam de atracar. Parecia ter apenas uns trezentos soldados, mas o que o exército de Utopeia não esperava aconteceu, mais um navio atracou e apareceu um Ciclope muito forte, cinco soldados de Utopeia foram para cima da criatura que reagiu com socos e um grito assustador.
Augusto se aproximou, o Ciclope olhou furioso para ele, e os dois começaram a lutar. Augusto era ótimo guerreiro e se esquivava de cada golpe, mas num piscar de olhos ele tomou um chute do Ciclope e voou três metros para longe dele. A criatura chegou perto de Augusto para massacrá-lo com seu enorme pé, mas de repente um minotauro segurou o pé do Ciclope, o jogou no chão e começou a atacar com socos, então o minotauro pegou seu machado e cortou a cabeça do Ciclope. O minotauro ajudou Augusto a se levantar e foi lutar.
Dentro da cidade, no grande monte, os monges rezavam aos deuses e meditavam, o Monge - Mestre estava fazendo a conexão para entrar no monte Olimpo e falar com os dois grandes, quando ele conseguiu ver uma luz forte que os outros monges não conseguiram enxergar. Ele subiu para o monte Olimpo direto no trono de Zeus. Diante de Zeus ele suplicava por uma boa guerra. Ao lado de Zeus estava Poseidon, então ele suplicou a Poseidon que mandasse uma tempestade que impedisse que mais navios persas atracassem na praia. Depois disso ele voltou ao mundo mortal.
O máximo que Zeus fez foi mandar dois de seus guerreiros reais, mas Poseidon atendeu ao seu pedido impedindo que o resto dos navios persas atracasse na praia. Ele enviou tempestades e tubarões brancos que fizeram com que todos os navios persas no mar naufragassem com seus soldados dentro, e então os tubarões devoraram os persas que estavam no mar.
O Monge - Mestre tinha mandado os dois soldados reais de Zeus para a guerra, era impressionante como aqueles soldados reais eram rápidos como um raio para lutar, mas isso é óbvio porque eram soldados de Zeus, o deus do trovão e do raio. Enquanto na guerra alguns dos soldados lutavam, na cidade outros soldados e minotauros protegiam o monte dos monges e o castelo da cidade.
Dentro do castelo o filho de Augusto rezava aos grandes deuses para que ajudassem seu pai e Utopeia na batalha. Até que ele foi à sacada de seu quarto e viu muitas pessoas com os uniformes persas e poucas com as armaduras de Utopeia, parecia que só tinham sobrado uns cento e cinquenta guardas e sessenta minotauros. Mas, de repente, o príncipe viu dois raios na guerra rapidamente matando soldados persas e correndo rapidamente no campo de batalha, ele os viu e logo soube que eram os soldados reais de Zeus e ficou feliz, pois esses soldados eram rápidos e fortes guerreiros, os melhores dos deuses.
 Em seguida, ele viu o uniforme de Utopeia dominando a praia e gritando de felicidade pela vitória. Então os guerreiros e minotauros que restaram estavam entrando pelos portões e suas mulheres o esperavam. Pena que nem todas as mulheres que esperavam por seus maridos os receberam de volta.
O filho de Augusto esperava pelo pai no portão quando o avistou, foi correndo em sua direção e o abraçou fortemente. Os dois soldados reais sumiram num raio que caiu na praia. No dia seguinte, os soldados de Utopeia estavam recolhendo os corpos dos guerreiros persas e jogando-os no mar para que os tubarões os devorassem. Eles recolhiam suas armas e escudos, mas ainda era dia de tristeza, pois seriam os enterros dos soldados de Utopeia mortos em batalha. As viúvas choravam muito e seus filhos também.
Apesar das perdas, chegaram os dias de festa para o povo e para o rei pela vitória da cidade. Todos os soldados receberam folga e o rei colocou só os minotauros para protegerem os portões.