segunda-feira, 1 de julho de 2013

PÁTRIA MINHA

  Pensando nas manifestações que ocorreram no Brasil e no mundo nas últimas semanas em protesto à tanta corrupção e descaso do governo para com o nosso povo e o nosso país, convidei os alunos para um debate. 
     Discutimos sobre as últimas notícias fazendo uma leitura de fatos e fotos publicados em jornais, revistas e na internet. Também falamos sobre o poder do facebook e das mídias sociais para divulgar e promover ideias e os eventos no nosso país e até em outros países.
     Os alunos falaram sobre os problemas que veem no seu município e no Brasil. Alguns disseram não ter orgulho de sua pátria, devido à tanta corrupção e violência. Mas ao final do debate todos entenderam que aquilo que nos envergonha, é também o que levou milhares de pessoas às ruas para exigir mudanças e, principalmente, lutar para que nossos direitos sejam respeitados.
    Para concluirmos o debate, fizemos a leitura do "Hino Nacional", dos textos "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias e "Pátria Minha", de Vinícius de Moraes. Falamos sobre o que significa ter uma pátria, como cada um dos textos fala da pátria de uma maneira diferente, sendo os dois primeiros  ufanistas. 
   No texto do poetinha, além da compreensão textual, consegui ainda exemplificar o que é intertextualidade.
   As aulas renderam frutos muito positivos porque o estudo do texto foi enriquecido pela realidade, pelos fatos atuais e pela reflexão crítica que os alunos foram levados a fazer. Um pouquinho do que eles pensam foi transformado em cartazes e em formas criativas de recriação da bandeira nacional que, em um dos trabalhos recebeu asas, demonstrando o desejo de liberdade de expressão.


Parabéns aos alunos que participaram e deram o melhor de si! É disso que o Brasil precisa: jovens que pensam!
     
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Pátria Minha
Vinicius de Moraes

A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação e o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...

Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!

Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.

Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade me vem de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.

Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama…
Vinicius de Moraes."

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Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em  cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

De Primeiros Contos (1847)


Gonçalves Dias. 


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HINO NACIONAL
Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva



Vocabulário (Glossário) 

Plácidas: calmas, tranqüilas
Ipiranga: Rio onde às margens D.Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822
Brado: Grito
Retumbante: som que se espalha com barulho
Fúlgido: que brilha, cintilante
Penhor: garantia
Idolatrada: Cultuada, amada
Vívido: intenso
Formoso: lindo, belo
Límpido: puro, que não está poluído
Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul
Resplandece: que brilha, iluminada
Impávido: corajoso
Colosso: grande
Espelha: reflete
Gentil: Generoso, acolhedor
Fulguras: Brilhas, desponta com importância
Florão: flor de ouro
Garrida: Florida, enfeitada com flores
Idolatrada: Cultivada, amada acima de tudo
Lábaro: bandeira
Ostentas: Mostras com orgulho
Flâmula: Bandeira
Clava: arma primitiva de guerra, tacape

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TURMA 701






OS ALUNOS FIZERAM OS CARTAZES REFLETINDO SOBRE 4 QUESTÕES:

  1. MINHA PÁTRIA É...
  2. SER BRASILEIRO É SER...
  3. PARA TERMOS UM PAÍS MAIS JUSTO PRECISAMOS DE...
  4. NÓS CONTRIBUÍMOS PARA UM PAÍS MELHOR QUANDO...

    O mais importante desse trabalho foi perceber o quanto esses jovens têm valores. Na maioria das respostas encontramos as palavras humildade, coragem, igualdade, gentileza, amor, respeito... Realmente esses são os ingredientes principais de que precisamos para termos um mundo melhor e mais justo!








TURMA 702









TURMA 701 - POESIAS ESCOLHIDAS DE VINÍCIUS DE MORAES



DEPOIS DA LEITURA E ESTUDO DE ALGUNS SONETOS DE VINÍCIUS DE MORAES, A TURMA FOI CONVIDADA A PESQUISAR OUTROS POEMAS E MÚSICAS PARA O NOSSO BLOG. CADA UM EXPÔS O PORQUÊ DA ESCOLHA, DE QUE FORMA CADA TEXTO OS TOCOU.


 Pela luz dos olhos teus

 Quando a luz dos olhos meus

E a luz dos olhos teus

Resolvem se encontrar

Ai que bom que isso é meu Deus

Que frio que me dá o encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus

Resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar...


 "EU ESCOLHI ESSE POEMA  PORQUE  ELE FALA SOBRE UM AMOR  PELOS OLHOS DOS OUTROS."                                                                                                                


MEU NOME: RODRIGO DA CONCEIÇÃO 


IDADE :15 ANOS

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                                                     Poética



De manhã escureço

De dia tardo

De tarde anoiteço

De noite ardo.


A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando. 



"EU ESCOLHI ESSE POEMA  PORQUE  ELE É BONITO."

MEU NOME: ELIVELTON GOMES

IDADE:14 ANOS

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Soneto de Fidelidade

 De tudo ,ao meu amor serei atento
Antes e com o tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face de maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar o meu canto
E rir meu riso e derramar  meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte,angústia de quem vice
Quem sabe a solidão,fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

   "Eu escolhi esse poema porque ele mexeu comigo, achei muito legal o jeito que ele fala que vai amá-la acima de tudo, só achei um pouco estranho a parte em que ele fala que vai ser infinito enquanto dure, ficou meio estranha essa parte mas é muito legal."

Maycon Gabriel Nunes Macedo, 12 anos.

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                     O Velho e a Flor

 Por céus e mares eu andei
 Vi um poeta e vi um rei
 Na esperança de saber
O que é o amor

Ninguém sabia me dizer
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou.

O amor é o carinho
É o espinho que não se vê em cada flor
É a vida quando chega sangrando aberta
Em pétalas de amor.

Vinícius de Moraes

        "Eu escolhi esse poema porque ele é muito legal, porque o amor nem sempre é como os contos de fadas que sempre tem final feliz." 

Maiure Vital Santos, 13 anos.

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UM PASSARINHO

Para que vieste
na minha janela
meter o nariz?

Se foi por um verso
não sou mas poeta
ando tão feliz
Se para uma prosa
não sou Anchieta
nem velho de Assis
some-te daqui!
deixe-te de historias!

Vinicius de Moraes

"Eu escolhi esse poema porque achei bonito e interessante."

Beatriz Oliveira, 12 anos

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PELA LUZ DOS OLHOS TEUS

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
                 Vinicius de Moraes

"Eu escolhi esse poema porque é romântico e muito bonito!"

Aluna: Hellen Peixoto, 13 anos. 

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MARINHA
Na praia de coisas brancas
Abrem-se às ondas cativas
Conchas brancas, coxas brancas
           Águas-vivas.

Aos mergulhares do bando
Afloram perspectivas
Redondas, se aglutinando
          Volitivas.

E as ondas de pontas roxas
Vão e vêm, verdes e esquivas
Vagabundas, como frouxas
           Entre vivas!

Vinicius de Moraes

"Eu gostei muito porque esse poema é maravilhoso e fala do mar."

Aluna: Palloma Silva, 13 anos.

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Soneto de separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.   

Vinicius de Morais

 "EU ESCOLHI ESSE SONETO PORQUE... Tem a ver comigo e porque é sentimental."

ASS: Camila Ferreira.

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O RELÓGIO
passa,tempo,tic tac
tic,tac, passa hora
chega logo tic ,tac
tic ,tac vai-te embora
passa tempo
bem depressa
não atrasa, não demora
que já estou
muito cansado

já perdi
toda alegria
de fazer
o meu tic,tac
dia e noite
noite e dia
tic- tac
tic -tac
tic tac
            
Vinicius de Moraes
                        
"Escolhi esse poema porque é legal e me faz lembrar a escola."

Luiz Gustavo  (12) anos
                                                                   
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Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes
                                   
 "Escolhi esse poema porque é muito legal!"

 Judson (14) anos
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Soneto de Separação


De repente do riso fez-se o pranto
silencioso e branco como a bruma
e das bocas úmidas fez-se a espuma
e das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfiz a ultima chama
e da paixão fez-se o drama

de repente,não mais que de repente
fez-se o triste o que se fiz amante
e de sozinho o que se fez contente

fez-se do amigo próximo distante
fez-se da vida uma aventura errante
de repente,não mais que de repente

Vinicius de Moraes


"Escolhi esse soneto pois me tocou bastante,me fez sentir muito melhor a cada momento que li .Um soneto com palavras inteligentes e bonitas."

Guilherme l.

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   Poética

De manha escureço
De dia tardo
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte

Outros que contem
Passo por passo;
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço;
- Meu tempo é quando.

"Eu escolhi esse poema porque achei romântico e sofrido."

Marcella G.

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Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes


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Poética

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

Vinícius de Moraes


"Escolhi esse poema porque eu o achei muito lindo!" 

ASS: Paloma Krystinne


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Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinícius de Moraes

"Eu escolhi essa música porque ela mexe bastante com meus sentimentos."

ASS:Jozianne Santtos,12 anos.

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Soneto do amigo

Enfim depois de tanto erro passado
Tantas retaliações,tanto perigo
Eis que ressurgir noutro o velho amigo
nunca perdido,sempre reencontrado

É bom senta-lo novamente ao lado
com olhos que contém o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
É como sempre singular comigo
Um bicho igual a mim,Simples e humano
Sabendo se mover e comover
E o disfarçar com o meu próprio engano

O amigo um ser que a vida não explica
que só se vai ao ver ou ver outro nascer
E o espelho  da minha alma multiplica.

"ESCOLHI ESSE POEMA PORQUE É
ROMÂNTICO E É UM EXEMPLO DE VIDA."


NOME: LAWANNA DA SILVA MELO

IDADE: 12 ANOS 


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SONETO DA FIDELIDADE 

De tudo, ao meu amor serei atento antes 
E com tal zelo e sempre,e tanto que mesmo em face de maior encanto 
Dele  se encanto mais meu pensamento 

Quero vivê-lo em cada vão momentos 
E em louvor hei de espelhar meu pranto 
Ao seu pensar ou contentamento

 E assim  quando mais tarde me  procure 
 Quem sabe a morte angustia  de quem viver 
 Quem sabe a solidão, fim de quem ama 

Eu posso lhe dizer do amor (que tive) 
Que não seja imortal,posto que chamo
mas que seja infinito enquanto dure... 

"ESCOLHI ESSE POEMA PORQUE É 
ROMÂNTICO, BONITO ETC.."

NOME: NATHALIA RODRIGUES 
IDADE: 14 ANOS 

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